23 de março de 2017

CAPITÃO WAGNER ACUSA DELEGADA DE FORJAR PROVAS EM INQUÉRITO DE CHACINA DE MESSEJANA

O deputado Capitão Wagner (PR) acusou nesta quarta-feira, 22, responsáveis pelo inquérito da Chacina da Messejana de terem “forjado provas” contra 44 policiais militares presos no caso. Acusando delegada do caso de apontar provas que não existiam nos autos, o parlamentar criticou ainda “falta de coragem” da Justiça do Ceará para libertar os agentes.

“Até hoje, não existe nenhuma testemunha que aponte provas contra esses militares (…) a delegada apontou fatos que não existiam nos autos. Ela forjou localização geográfica nos mapas apresentados no processo. Eu não entendo porque, com tantas falhas, o juiz não liberta esses policiais”, disse Wagner na Assembleia.

Capitão Wagner destacou ainda recente decisão que liberou grupo criminoso conhecido como “Quadrilha dos Pipoca”, envolvida em assaltos a banco e carros-fortes no interior. “Essa quadrilha, apreendida com armamento de grosso calibre e que já matou três policiais, foi libertada por decisão do STF, mas nenhum juiz cearense teve coragem para soltar os 44 PMs”.

Chacina da Messejana

Os 44 policiais acusados de participarem na chacina tiveram prisão decretada por um colegiado de três juízes em agosto do ano passado. Segundo denúncia do Ministério Público do Estado (MP-CE), eles teriam participação no assassinato de onze pessoas na Chacina da Messejana, ocorrida na madrugada de 12 de novembro de 2015. 
Em denúncia de 16 volumes, mais de cinco mil páginas e que ouviu mais de 33 testemunhas, o MP apontou indícios de execuções “sumárias e aleatórias”. Segundo o órgão, a chacina iniciou como retaliação ao assassinado do soldado Valtemberg Serpa, ocorrida na véspera. Diante do insucesso na localização de alvos, as vítimas passaram a ser escolhidas de forma aleatória.
Quase todas as vítimas tinham menos de 20 anos, tendo apenas duas elas passagens pela polícia – uma por acidente de trânsito e outra por não pagamento de pensão. O MP afirma ainda que existem provas suficientes para condenar os acusados. Entre as testemunhas de acusação, estão inclusive um sargento e um policial da PM.

Outro lado

A delegada Adriana Câmara, responsável pelo inquérito do caso, não quis comentar declarações de Wagner. Em nota, a Controladoria Geral de Disciplina (CGD) informou que investigação tocada pela Delegacia de Assuntos Internos (DAI) respeitou todo o trâmite processual. Ela destaca ainda que mais de 200 testemunhas foram ouvidas no caso. 
O deputado aponta ainda que não existem testemunhas que apontem provas concretas contra os acusados. O Ministério Público rebate essa tese, destacando que, no momento dos assassinatos, os autores da chacina estavam encapuzados.

Fonte: O Povo

Um comentário:

Anônimo disse...

Para representar bandidos que financia e banca políticos, em Brasília tem muitos. Coragem para fazer ou dizer algo contra bandidos neste país, são pouquíssimos. Mas para prejudicar policiais e pessoas de bens, muitos representantes q se dizem da justiça, querem aparecer.