Advogado gastou parte do dinheiro da vítima
que seria usado na compra de um imóvel. Vítima foi envenenada com 'chumbinho'.
Polícia Civil concluiu que o advogado preso
suspeito de matar o guarda municipal José Gonçalves Fonseca, 52 anos, executou
o crime por ter gastado o dinheiro que havia recebido da vítima para compra de
um imóvel em Fortaleza. De acordo com o diretor da Divisão de Homicídios e
Proteção à Pessoa (DHPP), delegado Leonardo Barreto, o advogado envenenou o
guarda municipal e depois escondeu o corpo.
Conforme Leonardo Barreto, as investigações
apontaram que o suspeito matou o guarda com a intenção de se apossar da quantia
de R$ 120 mil da vítima. O valor seria utilizado na compra da casa.
A Polícia descobriu que o suspeito, que é
casado com uma sobrinha da vítima, realizava um trabalho para ele referente à
compra de um imóvel que teria pendências judiciais. Por isso, José Gonçalves
depositou uma quantia em dinheiro para que o suspeito administrasse o pagamento
da casa.
Os pagamentos não foram realizados, então a
vítima e os vendedores da casa passaram a pressionar o advogado. Conforme a
polícia, o suspeito não teve como restituir o dinheiro e assassinou o homem.
Guarda foi morto envenenado
As investigações da DHPP apontaram que José
Gonçalves foi envenenado por "chumbinho" (veneno usado para matar
ratos) e teve o corpo jogado em um matagal na Rua Walter Fernandes, no Bairro
Manoel Dias Brancos. Seu corpo foi localizado dois dias depois do
desaparecimento.
O suspeito do crime ainda acompanhou a esposa
da vítima, um dia após o desaparecimento, no 2º Distrito Policial, onde ela
registrou a ocorrência do desaparecimento.
O delegado George Monteiro, presidente do
inquérito policial, afirmou que foram apreendidos comprovantes bancários,
folhas de cheques e comprovantes de transações bancárias, além de um blazer e
uma toalha com manchas suspeitas. O material foi levado para realização de
exames periciais. Um notebook do advogado também foi apreendido em seu local de
trabalho. No computador constavam pesquisas referente "laudos cadavéricos
de IML por morte por asfixias".
O advogado foi preso temporariamente em 23 de
março e teve a prisão convertida em preventiva em 21 de abril. Ele foi
indiciado por homicídio e furto qualificados, além de ocultação de cadáver.
Fonte: DN
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